A compreensão tardia da identidade nikkei e uchinanchu levou um menino perdido e desinteressado a transformar-se, depois de adulto, em um investigador de suas próprias raízes. Após coletar fotos, cartas, documentos e outros materiais esquecidos nos porões e baús da família, o autor conta os bastidores de seu ambicioso projeto pessoal: a criação de um banco de dados completo que será utilizado para reconstruir histórias de seus antepassados, disponibilizando-as para as futuras gerações.
“No momento em que senti o trem de pouso tocando a pista, lembrei que deveria estar muito próximo do antigo terreno da família, pois sabia que ele ficava exatamente na região do aeroporto e base aérea, antes de ser tomado pelos militares americanos, a velha Aza-Omine. Àquela altura, meus olhos já estavam marejados, e essa lembrança foi a gota d’água para que algumas lágrimas transbordassem de vez. Eu mal podia conter a euforia de finalmente ter conseguido chegar a Okinawa. Agradeci em pensamento a todos os que estiveram envolvidos nos fatores que culminaram nessa viagem e imaginei que se, de alguma forma, realmente existisse vida após a morte e nossos antepassados estivessem presenciando juntos aquele momento, todos estaríamos vibrando em uníssono.”
Trecho do livro "Agijabiyo!"
Nasci, cresci e vivi até o final da adolescência em Rio Claro, no interior de São Paulo, em uma família de ascendência okinawana totalmente abrasileirada. Levei anos para entender e me interessar pela cultura de meus antepassados. Após uma viagem ao Japão em 2019, decidi iniciar uma investigação relacionada a antigas fotos que tínhamos guardado. A partir daí, velhas histórias acabaram vindo à tona assim como outras também surgiram. Este livro é o ponto de partida da minha iniciativa de preservá-las para que as futuras gerações tenham a oportunidade de conhecê-las. Escrevi “Agijabiyo!” pensando em transformá-lo em um registro apenas para a minha família, mas decidi abri-lo ao público em geral quando me dei conta de que outras pessoas de fora também poderiam se identificar com a história.
Fábio Akamine
Designer gráfico e sócio da Nanka Store
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